terça-feira, 16 de setembro de 2008

TI na Publicidade

A web 2.0 abre espaço para o trabalho de programadores dentro das agências. Maurício Furtado Massaia não é formado em publicidade, mas poderia trabalhar em qualquer agência de propaganda ou de mídia interativa. Aos 22 anos, ele tem um perfil cobiçado no momento por essas empresas: é um programador Flash experiente, com um portfólio regado a projetos para grandes empresas. Há pouco mais de um mês, Massaia deixou a badalada agência DM9 e começou a trabalhar na Hello, Interactive. É a nova agência do grupo ABC (ex-Ypy), holding que reúne outros grandes nomes da publicidade como Africa, Loducca e MPM —e que tem entre seus sócios o publicitário Nizan Guanaes. “Aqui terei a chance de trabalhar com projetos ainda mais inovadores”, diz Massaia.

Com o boom das ações de marketing na web 2.0, as agências têm demandado cada vez mais programadores para fazer sites, banners e anúncios, principalmente em Flash. Em geral, o que se espera do candidato é que seja alguém com boa noção da linguagem ActionScript, adepto de constante atualização e que goste de inovar. “Como não há profissionais de Flash suficientes no mercado, as pessoas estão muito confortáveis em seus respectivos empregos”, afirma Alexandre Santos, diretor de tecnologia e projetos da Hello, Interactive.

O resultado são melhores oportunidades de salário. Com isso, um programador em Flash pode ganhar até 7 000 reais por mês. Um iniciante, por sua vez, começa com 1 500 mil reais. O mercado anda aquecido também para os programadores web especializados em JSP, ASP e ASP.NET, com faixa salarial em torno dos 3 000 reais.

LIGADO NOS FÓRUNS

Esse tipo de demanda tem rendido muito trabalho para Renato Antônio Martinez, de 22 anos. Webdesigner com experiência na produção de
sites em HTML, PHP, ASP e Flash, ele foi contratado pela agência JourneyCom. Desenvolve sites e banners interativos em Flash. Sua dica para ficar sempre atualizado é participar de fóruns web.

Apesar da procura crescente por profissionais desse tipo, nem todas as agências de propaganda estão abertas à contratação. Muitas terceirizam as tarefas mais técnicas com as chamadas agências digitais, de mídia interativa e de marketing online, como a AgênciaClick, TV1 e Mídia Digital.

INTERFACES RICAS

O mercado publicitário também procura engenheiros de software, cujo salário médio fica entre 4 000 e 5 000 reais. Para fazer plataformas diferentes conversarem entre si, o profissional disputado é o que conhece integração. “Ele precisa ser um pesquisador antenado e ter interesse pelas interfaces ricas”, afirma João Cabral, diretor de tecnologia da AgênciaClick.

Françoise Terzian, revista INFO de novembro de 2007

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Internet por rede elétrica é realidade no Brasil. [Pertim] de nós, sô.

Coloquei no título um trocadilho do título original de uma postagem sobre internet do blog Gizmodo, terceiro mais visitado do mundo. O título original é "Internet por rede elétrica é realidade no Brasil. Longe de você". Tráta-se de tecnologia de ponta sendo testada bem aqui assim, em Barreirinhas (MA). Desculpem pela alteração, pessoal do Gizmodo Brasil, não resisti, é que sou nordestino da gema, num sabe?!
Se você chega a uma cidade isolada do mundo, no meio das dunas, porta de entrada pro paradisíaco Parque Nacional de Lençóis só pode pensar: “é aqui que eu vou testar meu novo sistema de internet”. Você, no caso, algum executivo da Panasonic. A empresa japonesa escolheu a pequena cidade maranhense de Barreirinhas para testar seus modems que entram na Matrix via rede elétrica e chegam a velocidades de 200mbps (o que dá algo como rápido pra c*!$% pelo nosso padrão).

A Anatel colocou em consulta pública esta semana uma proposta para regulamentar a internet por rede elétrica no Brasil. Em outras palavras, vai começar uma briga pra ver quem consegue provar qual é a melhor tecnologia de internet desse tipo – as operadoras de telefonia também já fizeram experimentos em municípios isolados. A expectativa da Panasonic é que novos testes aconteçam em 2009. O engenheiro da empresa ouvido pela Reuters disse que lá no Japão “modems desse tipo são encontrados nas prateleiras” (o que deve significar que ele não pode ficar no chão). E o pior: os aparelhos lá podem ser conectados à rede elétrica e à internet ao mesmo tempo. Sim, não se deixe enganar. Isso é ruim. O exemplo “legal”: a TV de Plasma pode interromper sua programação e mostrar o carteiro na porta (o interfone estaria na mesma corrente). O pior cenário: seu amigo mala desliga, via MSN, o seu videogame, na sala. Enquanto isso não acontece o dono de uma loja, de um restaurante e os usuários de uma biblioteca pública em Barreirinhas curtem a novidade ingenuamente.

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