quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Idiota, porque não?

Recebi esse texto no meu e-mail, que pena que não está assinado pelo autor. Se foi você quem o criou fique a vontade para reclamar a autoria, tenho o maior prazer em lhe dar os créditos.

O idiota e a moeda

Um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Eu sei, respondeu o tolo assim: - "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda".
Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa. A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história? A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda! Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim quem realmente somos. Qual é a moral?????? "O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente".

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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sai Dessa Zona

Por Adage Lima Jr

A algumas semanas postei um texto de Márcia Rocha chamado Eu Quero Desafios. Identifiquei-me muito com o seu personagem (real, claro) Fernando Sobré, o Teco. Não, não sou nenhum consultor em convergência digital como ele, nem em qualquer outra coisa. Também nunca fui gerente de desenvolvimento de negócios numa Harte-Hanks não sei das quantas, nem diretor geral duma tal de Mobile Mixer da vida. Tão pouco, desenvolvi qualquer trabalho no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife – CESAR (que bom que existe um lugar desses no meu Nordeste, eu nem sabia). Identifiquei-me, na verdade, com esse gosto de estar fora da zona de conforto e pelo fato de também já ter passado pela experiência de falir um negócio que abri quando tinha 17 anos.

Naquela época eu tinha duas escolhas, poderia continuar somente como arte-finalista na Nordeste Promoções e curtir meu salariozinho ou, além disso, tentar revolucionar o mercado local com uma unidade de divulgação de serviços que denominei com a sigla UNDISER tendo como alvo o público jovem. Sem querer dar explicações sobre o porquê de termos fechado logo nos primeiros meses de funcionamento, quero focar na tal da zona de conforto. Se eu tivesse ficado lá, quietinho, se não tivesse tentado, se tivesse ouvido as palavras da mãe do meu sócio “espero que você seja pé no chão, porque o meu filho não é”; eu não teria falido, não teria me endividado, me desgastado com meu sócio nem com meu antigo chefe, não teria me estressado tanto, nem gritado com a secretária, teria dormido mais, teria deixado a idéia passar.

É muito desconfortável arriscar, investir, inventar, praticar, criar ou até mesmo viver. Tentar realizar sonhos exige um esforço descomunal. Pode por em riscos relacionamentos, bens, sentimentos, vai desafiar a sua fé, pode lhe fazer chorar, vai lhe tirar o sono (por isso às vezes sonho acordado). Eu já tentei fazer assim. Abrir mão dos vôos e dos ideais, ficar confortável, sem curiosidades, deixar de aprender. Já tentei fazer só o que me pedem ou só o que me pagaram pra fazer. Ultrapassar limites? Cansa só de pensar. Fazer exatamente o que o cliente pediu é mais confortável do que tentar convencê-lo de que a minha idéia é melhor. Aliás, que idéia? Inovar está fora da zona. Tentei sim, acredite. Mas eu simplesmente não consigo.

Pois é, Márcia, acho que no fundo, nosso amigo Teco tem razão. “Fazer acontecer” dá mais prazer à vida do que viver no conforto ou em busca dele. Não sei por quanto tempo essa gana vai durar. Dizem que isso é coisa da juventude, que um dia os desafios da vida já não empolgarão mais. Mas sabe de uma coisa? Hoje quando me sento para conversar com o vereador Iata Ânderson, meu sócio do tempo da UNDISER, nós damos boas gargalhadas ao lembrar dos vexames, das frustrações e das conquistas que vivemos naqueles dias corridos e noites má dormidas. Um dia, quando o tempo minar minhas forças e encurtar os meus passos e a vista, quero ao menos dar longas e boas gargalhadas ao ensinar pros meus netos sobre minhas experiências vividas além do limite dessa tal de zona de conforto.

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